A INVISIBILIDADE NA VIDA

Dizem que, a uma certa idade, nós nos fazemos invisíveis, e que nossa atuação na cena da vida diminui.

Nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens. Ávidos por eventos, baladas, encontro com os amigos seguidos de fotos, “post’s” e mais “post’s” nas redes sociais. A necessidade de visibilidade e compartilhamentos são intensos nesta idade.

imagem: google

Hoje, não saberia dizer se me tornei invisível para o mundo, mas pode até ser, pois os impulsos da juventude se foram. Mas, uma coisa estranha aconteceu comigo. Posso dizer que nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida e nunca desfrutei tanto de cada momento da minha existência. No silêncio e na contemplação, me descobri.

Percebi que não sou e nunca fui uma princesa de contos de fadas

Mas sim, um ser humano sensível, porém muito forte, com suas misérias e suas grandezas.

Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros, pois sou um ser em constante construção, até os últimos dias de minha vida. E apesar disso tudo, ainda assim, posso me amar e gostar de mim como sou!

Quando me olho no espelho e procuro quem fui… sorrio àquela que sou…

Alegro-me pelo caminho andado, muitas vezes, por veredas erradas. Assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la no passado, porque agora não me identifico mais com este perfil. Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me interessam mais. Percebi que é bom viver sem ter tantas obrigações e satisfações. Hoje posso dizer que não sinto mais o desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos fugazes... Vivo a vida com muita intensidade, contemplo os segundos do meu presente.

Não sei quem escreveu, mas comungo da seguinte frase que finaliza este texto.

“A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir...”

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