AS CONSCIÊNCIAS / OS ATMANS
- BETH BRETAS
- 10 de mar.
- 3 min de leitura
Estava caminhando num dia completamente nublado, anunciando uma tempestade que nenhuma estrutura humana conseguiria deter.
E essa tempestade começou antes que eu pudesse chegar ao meu destino, trazida por um vento de 350 km por segundo que me arrastava para trás, sem que eu pudesse impedir.
E no passar daquela velocidade intensa, reconhecia ruas e casas que estavam sendo engolidas pela sensação de volta ao passado.

E presa à essa situação completamente dominada pela força natural do sistema planetário, comecei a presenciar o terreno sendo rasgado, uma fresta sendo aberta e dentro dessa fresta um LAGARTÃO imponente aparecendo, discretamente colorido, de cabeça erguida, se deixando levar pelo turbilhão daquele momento.
E, incrivelmente, sem ser dominado, sem medo, ele veio sendo conduzido até que, de repente, parou, colocando as patas dianteiras sobre uma pedra, observando a força da natureza que implacável o soterrou de cabeça erguida.
Eu embasbacada, havia parado no tempo para observar o LAGARTÃO, sem conseguir explicar como havia ficado estática, no meio do turbilhão.
E uma consciência, não sei de onde veio, me fez perceber que num passado muito longínquo, eu havia sido aquele LAGARTÃO.
ACORDEI!
E me lembrei da série The Midnight Gospel – T1.Ep.5 sobre a Teoria Hindu.
A vida é uma Teia de Indra, onde todas as consciências do mundo estão conectadas. Nessa Teia, segundo os hindus, o mais importante são os nós que formam os pontos de conexões entre as linhas - os Atmans - as consciências.
Cada consciência individual é Deus - um organismo unicelular.
“Da alma de uma bactéria à alma do Dalai Lama, à alma de um ser hiperinteligente com quem ainda não fizemos contato, tudo são almas como se fossem fótons saindo do Sol.”
Esse episódio, nos faz refletir sobre a nossa crença existencial, uma crença que nos leva ao sofrimento, por acreditarmos que somos individuais – somos seres separados...
Nossa crença não é real! Tudo é vazio de qualidade inerente. Não existe um ser individual essencial verdadeiro!
Os budistas tibetanos chamam isso de “CLARA LUZ” – O entendimento da não existência essencial de tudo.
A série The Midnight Gospel, por meio do multiverso, simula planetas e viaja por mundos à beira do apocalipse, apresentando pontos de vista merecedores de reflexões profundas.
Uma viagem emocional!!!!
O tempo todo, me perguntava: Que série é essa?!!! Quem escreveu isso?! Que abertura de portais!
Essa série nos apresenta interpretações totalmente renovadores, como por exemplo, entender que passamos pela fase do medo da primeira morte para descobrir que existe a segunda e que para a segunda não acontecer teremos que criar nosso corpo solar, enquanto estamos vivendo no nosso corpo etéreo.
Isso é sobre evoluir espiritualmente...
“... pensamos que a iluminação é o princípio e o fim da prática espiritual. É a linha de chegada.”
Não é. O que consideramos evolução espiritual é o primeiro passo de um processo chamado de Consciência Solar – “onde você se vê completo e absolutamente no momento presente ao alcançar a iluminação.”
Não existem palavras para qualificar essa série que brilha magnificamente no Ep.8, que encerra a T.1 com altíssimo teor reflexivo, onde Lindo Lindinho e sua mãe embarcam numa jornada emocionante pelo ciclo da vida e da morte.
BELÍSSIMO!
E, então, penso que sim, lá no início das Eras, fui um LAGARTÃO!
"Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quantos sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar."
Davi Moreira da Silva/Nelson Custodio Maria
Então vou aprendendo que somos seres aprisionados por crenças limitantes sobre separação, dualidade, poder.
E que a Unidade Espiritual não é uma consciência de grupo em massa, ela é uma única consciência que vem de uma fonte onisciente, onipotente e onipresente.
O ponto principal da nossa Jornada Evolutiva Espiritual é levar cada alma a alcançar o estado de consciência de ser consciente de si.
SAWABONA!
Existe uma tribo no sul da África que utiliza a linguagem do amor para lembrar à pessoa que errou que ela é uma essência espiritual boa, divina e que nunca é tarde para se conectar com essa essência.
Durante dois dias, a tribo leva o infrator para o centro da aldeia e o faz recordar todas as coisas boas que ele já fez. Esse costume é conhecido como Sawabona.
“Não há, nunca houve, nem nunca haverá um homem que seja sempre censurado, ou um homem que seja sempre louvado.”
Buda
Aniversariei mais uma vez, coroada pelas experiências e aprendizados que me pontuam no AGORA.
“Que eu reconheça o mundo em mim e o mundo me reconheça.”
(Medianeiro Tarot)
Gratidão Vida!
NAMASTÊ!
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Incrível nesses ensinamentos de seu texto, Beth, é a necesssidade que temos dessa fonte onisciente, onipotente e onipresente para viver. Essa fonte é chamada de Deus, principalmente para os católicos. Vejo gente falar que Deus não existe, pode até não existir, mas, existe uma força, uma luz, uma fonte em que não vivemos sem ela. Reconheço minha fraqueza diante dessa fonte. Muito bom, seu texto, Beth. Maria Anésia.
COMPLEXO!
Sim, concordo!!! Somos em essência seres aprisionados pelas nossas crenças. Amei essa constatação!
LINDO!!!