CHÃO DE PAPEL
A caneta desliza como quem baila ao som de uma música.
Numa dança de beleza etérea, com passos livres e suaves, cheios de efeitos harmônicos. Às vezes, se inclina levemente para a direita, outras, para a esquerda, mas mantém um compasso único, em elevação e declinação, o que contribui para a mágica final do reconhecimento.
![](https://static.wixstatic.com/media/44bda1_250a9bb118fd47859d9c761c30f53d74~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_715,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/44bda1_250a9bb118fd47859d9c761c30f53d74~mv2.jpg)
Como base, o mais perfeito piso, desenvolvido para absorver seus movimentos, e registrar com excelência cada curva, traço e harmonia de seu desdobramento, desenhando um caminho que, mais tarde, poderá significar muitas coisas para quem quer que o acesse.
O dito registro pode significar alento, aconchego, aprendizado, encorajamento. Pode ser desabafo, grito de socorro. Pode representar cura, a mais pura contribuição para o entendimento de si, reconciliação. Pode conduzir ao movimento em direção à luz, e pode eternizar. Eternizar alguém de quem valha a pena lembrar. Momentos cujo teor expressa a essência de uma existência ilimitada, passível das mais complexas interpretações, das mais vis às generosas.
A memória habitada, e proferida, fora das prisões
– a forma perfeita de um relato simples e real.
Sim, é sobre ela: A ESCRITA. A respeito do registro eterno sobre um chão de papel, firme e generoso, que pode mudar os mundos. Sobre palavras que saltam aos olhos e atingem direto o coração, que abrem mentes e quebram paradigmas... há muito tempo. Que conferem a quem produz uma expressão de eternidade e a quem consome, uma experiência admirável. De forma amplificada, ecoa a voz de quem se atreve a busca-la sem pudor. Faz grandes poderes se erguerem, e ressalta a preciosidade de uma gente que não poderia, não fosse o olhar vigilante de pouca, mas, poderosa gente. Registra descobertas incontáveis, caminha pela história como uma guardiã do tempo.
Mas, talvez, nada se compare à grandeza de proporcionar o favorecimento irretocável da expansão da intimidade, que se forma elegantemente, a partir do ato de escrever sobre o que se sente.
Quando nos permitimos criar o nosso próprio chão de papel,
e sobre ele fazemos repousar nossas palavras de essência, podemos nomear nossas dores e gratidões, e oferecemos a nós mesmos uma chance de legitimar o conhecimento empírico da nossa existência.
E, só então, podemos validar e reunir cada pedacinho de beleza que nos habita e deixar que desaguem versos de esperança.
Gratidão por ler até aqui.
Com amor!
Até a próxima!
Não se esqueça de deixar um comentário, e seguir nossas redes sociais:
![](https://static.wixstatic.com/media/44bda1_0dc76b1808474a788939456dcac73a22~mv2.png/v1/fill/w_980,h_408,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/44bda1_0dc76b1808474a788939456dcac73a22~mv2.png)
A escrita nos permite viajar por um universo de sensações, sentimentos e auto conhecimento. Excelente colocação.
Amo escrever! Sinto-me próxima do leitor quando escrevo o que minha alma sente.
Muito bom filhota muita verdade é sua cara mesmo. Parabéns
A escrita que nos permite ser livres p deixar registros que encantaram ou não. Não importa. Escreva , escreva, escreva. Seja livre para expressar.
ELA, a escrita, que se revela tão diversificada,tão poderosa sobre "chão de papel".
Namastê!