CONSCIÊNCIA UNIVERSAL

Existe uma história muito conhecida que percorre o mundo sobre a ideia equivocada que temos sobre os sábios. 

“Um rapaz queria pegar o sábio. Um dia, chegou com um passarinho na mão e perguntou:

 -  Mestre, o passarinho que está em minhas mãos está vivo ou morto? 

O rapaz pensou, se ele disser vivo eu mato o pássaro...Se disser morto, eu simplesmente abro a mão e o liberto. 

E naquela certeza de que havia pegado o mestre, ficou na expectativa da resposta. 

O sábio com toda clareza e calma respondeu:

 - Meu rapaz, a resposta está em suas mãos. 

...E se foi.”

Sábios não são seres escolhidos nem especiais.

Como eles, nós estamos em busca de sabedoria – queremos compreender, dentro dos vários caminhos que percorremos, os nossos problemas, nossos medos, nossas ansiedades, nossas inseguranças, nossa vulnerabilidade...

E assim, pelo caminho, vamos ganhando e perdendo coisas, dentro de jornadas diferentes.

Jornadas que buscam pela consciência humana, dentro do tempo de cada um, dentro do ritmo das escolhas e no resultado delas.

Nessas jornadas, nosso desafio está em sairmos de um caminhar linear, dentro de um mundo dual, sem procurar por respostas definitivas – e é nesse caminhar, que os sábios nos ajudam a enxergar o sábio que existe em cada um de nós.

Platão dizia:

“A pior coisa para alguém que quer saber é dizer que já sabe.”

Quando passamos a sentir que conhecemos a verdade ou que somos os donos da verdade, fechamos as portas do céu.

A sabedoria está em manter as portas abertas e diante de uma situação em que tudo sacode, cai por terra, seja por catástrofes coletivas ou individuais, naturais ou ambientais, sabermos que a consciência não voltará ao ponto zero...

Adquiriu-se um pouco de compreensão a ponto de entender que as possibilidades permaneceram abertas – o conhecimento se tornou sólido e apoio de base para a elevação da consciência do homem, por meio da experiência.

E essa consciência sólida não é teórica, não está atrelada ao valor moral que escolhemos para viver. 

Ela é a consciência moral emancipada de um mundo que julga aleatoriamente... Ela é a Consciência Universal que nos faz entender:

“Ainda que eu falasse a língua dos homens.E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.”

Renato Russo

Todas as manhãs, amanhece mais um dia no nosso agora para percebermos a vida no nosso eterno tempo presente.

Já dizia Epicuro:

 “A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.”

Vamos olhar para a vida, enquanto ela desperta em nós, a cada amanhecer, porque

“A natureza da perda é nos ensinar a aceitar as coisas gradualmente.”

Vamos parar de comparar o nosso palco com o palco do outro, parar de atribuir valor ao que é meu ao que é seu, parar de criar receitas de infelicidade.

- Não podemos comparar, então? 

- Podemos!

Mas que seja uma comparação para admirar o outro quando se deparar com o melhor dele - que ele seja a nossa inspiração para irmos ao encontro do nosso melhor.

O conhecimento é infinito e há muito para se aprender!

“Valor existe em voltar atrás no mesmo instante em que surge o reconhecimento de que o caminho até então seguido era falso.”

E dentro de todo aprendizado provocado por situações que nos despertam sejam dentro de um CTI ou entre as lamas de uma cidade devastada por uma tempestade – fatos que nos arrastam para novos caminhos - lá estará sempre a incrível descoberta: 

“É só o amor, é só o amor.Que conhece o que é verdade”.

Renato Russo

A Consciência Universal abraça, compassivamente, cada um de nós.

NAMASTÊ!

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