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EU ME LEMBRO DE VOCÊ | CAPÍTULO VII - PARTE 2

Foto do escritor: DIDI ANDRADEDIDI ANDRADE

Um Tesouro em uma Árvore - Parte 2


Um dia, cheguei em mais uma cidade.

A primeira, verdadeiramente grande, que ousei entrar.

Era como as outras, - não muito diferente – mas ainda maior. MUITO maior. Para começar, a preferência que os humanos tinham por cobrir o chão com pedras havia se tornado praticamente uma obrigação, ali. As rochas se estendiam por cada vão que existia entre as tocas, - que se empilhavam como ninhos de passarinhos construtores - coladas ao lado umas das outras, multiplicadas até onde meus olhos não podiam ver.


As feiras que haviam lá, eram maiores que as das pequenas cidades que tinha ido ou vivido.

Assim como as lojas;

E a quantidade de pessoas – que se reproduziam como coelhos;

... E a abundância de comida.

Portanto, com exceção de tamanho e quantidade, não era muito diferente das demais, continuava sendo um segmento de colônias humanas. Onde tais animais se agrupavam como formigas.

Mas, ainda me surpreendeu.

Assim como foi a primeira vez que entrei em uma cidade de verdadeiro calibre, era a primeira vez que via tantos humanos em um lugar só.

Uma cidade mediana havia me assustado bastante, antes, então, talvez por isso, - além da vida tranquila demais que estava levando – minha estreia em tal cidade tenha acontecido apenas depois de tanto tempo de vida.

Nunca me arrependi de ter ido.

Morar naquela cidade foi como ter algo novo para fazer e descobrir a cada novo dia.

Eu amei tanto, que nem mesmo defini um território, tratando como se a cidade inteira o fosse.

Dormi onde queria e caminhei na direção que desejava.

Além disso, como tinha mencionado antes, não havia falta de comida, muito pelo contrário.

Desde que fosse inteligente o suficiente, roubar uma nova refeição que nunca tinha provado antes era uma grande facilidade, e quando não tinha sorte, haviam ratos em todo lugar.

Havia padarias com as melhores coisas que tinha provado na vida.

Restaurantes que descartavam boa comida no fundo, ou fáceis de invadir.

Barraquinhas de feirinhas ao ar livre que eram alvos fáceis.

Diferente de como foi com meu velho, eu nunca travei apenas um único alvo, como foi com seu armazém.

Talvez eu não quisesse interagir com pessoas tão cedo.

E eu realmente não queria.

De qualquer forma, eu passei a viver uma vida muito boa.

Os telhados das cidades grandes eram enormes, - os mais próximos do sol que já tinha visto uma toca humana conseguir chegar - longe das pessoas abaixo, de filhotes humanos - cuja paixão por jogar pedras nunca mudou em todos esses anos – e de possíveis novos Girassóis intrometidos.

Os cães para se provocar eram abundantes.

As possibilidades de novas tocas para se dormir eram infinitas.

O abrigo para a chuva era fácil de se encontrar.

E, até mesmo, tinha ganhado um novo passatempo:

Observar os loucos humanos que frequentavam algo que chamavam de “A Grande Torre.”


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2 Comments

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Estética e EFT com Helenita Bretas
Estética e EFT com Helenita Bretas
Sep 07, 2022

Esse gato é surpreendente.

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Beth Bretas
Sep 06, 2022

Então ele chegou no vasto mundo!Quanta abundânia seja boa,seja má,cruzará seu caminho...O que será que o aguarda na "Grande Torre"?

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