MUDANÇA
O tema não poderia ser outro, estou vivendo mais uma mudança, mudança de residência.
E seria somente mais uma mudança não fosse ela carregada de reminiscências, afetos, que supostamente estariam bem resolvidos, eles ressurgem trazendo um incômodo e a necessidade de revisitá-los, mais uma vez.
Estou voltando para um espaço que já foi meu por muito tempo, deixou de ser e volta a ser, novamente. Essa descontinuidade gera espaço para o novo, para aquilo que ainda não é conhecido! Gerando profundas (e sutis) mudanças.
O endereço é o mesmo, o ambiente foi totalmente remodelado. Mas, e eu? Mudei também? Sou a mesma? Preciso mudar?
As mudanças mais significativas devem ocorrer de fato nas pessoas. São elas que fazem com que as coisas sejam diferentes. O colorido - a cor nova - quem dá é o olhar, é o coração de quem vê.
Em se tratando de mudança, sabemos que não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente, é o que melhor se adapta a mudança, já nos ensinou Darwin.
Assim sendo, o inimigo mais perigoso que poderemos encontrar, somos nós mesmos. Com nossos medos, ansiedades e inseguranças.
APRENDENDO COM A MUDANÇA
Depois de muitos anos de análise (terapia), aprendi que nesses processos em que somos surpreendidos por questões já tratadas, o que temos que fazer é identificar o incômodo, deixar que ele apareça ou reapareça, e nos questionar: O que queres? Eu já te conheço! Não há mais lugar aqui para você!
Em outras palavras, é dizer: Você de novo aqui? Eu conheço suas estratégias, e você não vai me perturbar mais.
É preciso saber que o sintoma insiste. Aprendo, também, continuamente, a aprimorar a capacidade de criar novas saídas, novas formas de lidar com os mesmos incômodos. Porque, tenha certeza, são os velhos medos e a sensação de desamparo que sobrevém quando vivemos situações que nos tiram de nossa zona de conforto.
O QUE É A MUDANÇA
Por que a mudança traz tantas questões?
Mudança traz a passagem alternada da estabilidade para a incerteza, o que pode implicar numa crise. É oportunidade, mas também é risco; pode levar ao sucesso ou ao fracasso; a semente pode germinar, mas também pode morrer.
Mudança, como escolha em última instância gera perda, é deixar algo para trás. Perda de valores, de estabilidade, de modo de viver e de enxergar a vida.
TRANSFORMAÇÃO
Deixar a borboleta surgir gera mesmo medo e insegurança: o novo e seus códigos de funcionamento ainda são desconhecidos, implicam aprendizados, erros, acertos.
Mas, mudanças também possibilitam expansão dos limites de autoconhecimento: permite que o novo tome antigos espaços que se pensavam sólidos e imutáveis. Quando a borboleta surge, ela vem plena depois de um processo doloroso, mas necessário para voos altos e seguros. E nesse voo não estou só, esperando no Senhor tenho minhas forças renovadas, posso voar alto como as águias, correr sem exaustão, andar sem cansaço!
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Mudança e todas as consequências que ela provoca. Consequências que foram percebidas e as que não foram.
Mudar,seja em qualquer aspecto,será sempre um grande desafio e uma maravilhosa oportunidade de caminharmos em direção ao destino escolhido.
NAMASTÊ!