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NOVAS FORMAS DE SUBJETIVAÇÃO DOS INDIVÍDUOS NO MUNDO DO TRABALHO
Quero pensar sobre as questões relativas à alteridade e subjetividade no âmbito das organizações e das empresas, e quais as suas implicações para as relações interpessoais no trabalho.
Uma questão que estou sempre buscando responder é se haverá reconhecimento da alteridade nas relações de trabalho.
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Como as relações interpessoais interferem no bem-estar biopsicossocial dos indivíduos? Há encontro de pessoas, com propósitos e posições diferenciadas no seio das organizações?
Interessa-me, sobretudo, pensar a relação indivíduo-empresa, líder e liderado, e analisar as (im)possibilidades de melhoria desta relação, tornando-a mais equilibrada, para propiciar ao trabalhador uma condição simultânea de empregado e cidadão, e se é possível ser sujeito de sua própria história.
Gosto de pensar o trabalho como projeto de vida, como aquilo que dá sentido à existência, podendo ser uma forma de minimizar a angústia e a dor.
A dor, o adoecimento seria uma modalidade de relação com o outro nas relações de trabalho?
O trabalho, as pessoas e suas subjetividades, podem possibilitar o estabelecimento de uma prática que crie laços e introduza a diversidade?
O MUNDO DO TRABALHO
O homem moderno é o homem cindido: indivíduo x sociedade; sociedade x estado; razão x experiência; teoria x prática.
Vive-se as marcas das organizações atuais: competitividade e ausência de altruísmo, falta de relacionamentos genuínos. É o império da cultura do narcisismo; a dificuldade de organização do tempo de trabalho pois não há longo prazo, tudo é urgente; a substituição dos empregos formais por projetos e campos de trabalho e tantas outras características que nos mostra que o trabalho, em sua grande parte, continua sendo alienado e alienante. Mas, é também possível e acredito, uma pessoa se construir, se transformar pelo e no trabalho. Neste sentido, o trabalho é ao mesmo tempo, fonte de sofrimento, de transformação e de transcendência, é uma forma de dasein(ser-ai), uma forma de deixar marcas.
O homem criativo, criador de história, pode buscar novas formas de encarar o trabalho nas organizações para garantir que o trabalho seja uma referência para dar sentido à vida.
Para isso, é necessário sair da esfera do medo. Medo do futuro, medo do desemprego, medo de não corresponder às expectativas do patrão, medo de não ser aceito, medo, medo, medo… e entrar na angústia, esta que possibilita ir além do ‘status quo’, buscando efetivamente ser um sujeito que não conhece a verdade e a certeza, mas não teme buscá-la sempre, sabendo, antecipadamente, que não a encontrará, mas terá percorrido o caminho.
Pode assim ser o trabalho o mediador das relações entre iguais e desiguais? Pode ele possibilitar as relações de alteridade?
O trabalho enquanto função social, cumpre o papel de restabelecer os valores, baseados no respeito ao outro, garantindo a aceitação da diferença. A aceitação da alteridade não é uma escolha, é uma condição ontológica, para o existir humano. E necessário se torna estar aberto para as diferenças, para a subjetividade de cada um, enxergando o diferente como algo precioso a ser conhecido, compreendido e aceito.
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Ah, este complexo é desafiante universo do trabalho, das organizações e das relações pessoais. 👏👏💋 Carla Kirilos
Enquanto alimentarmos um Sistema Capitalista,teremos a força do trabalho não como uma escolha prazerosa,mas como uma engrenagem que gera sofrimento.
Infelizmente!