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O MEDO E A FELICIDADE

Foto do escritor: CARMEN SANTOSCARMEN SANTOS

Hoje, vou falar com vocês sobre o medo... Este substantivo de escrita tão pequena que, às vezes, se faz muito grande, quando temos um olhar para a felicidade. O medo está presente desde o início do século, desde o início da civilização. O medo já foi muito útil no passado, no sentido de estabelecer limites para uma convivência mais pacífica entre as pessoas. No entanto, infelizmente, hoje, o medo se tornou algo grandioso. Temos medo do que os outros vão dizer sobre tal situação. Temos medo de não sermos aceitos em um grupo social ou familiar, temos medo de não conseguir emprego ou perdê-lo. Temos medo da solidão. Temos medo de morrer, adoecer. Temos medo do futuro, de vencer e de ser feliz.


Quando uma pessoa diz em alto e bom tom que tem "medo de ser feliz", a reação alheia é de total surpresa e perplexidade. A verdade, é que os momentos felizes podem ser tão amedrontadores quanto aquelas coisas apavorantes que nos assustam à noite. Se a felicidade o assusta, você pode estar colocando um limite para viver a vida em seu pleno potencial e propósito. Ao examinar minuciosamente a origem desse medo, e ao identificar e acabar com a autossabotagem, você vai poder dar um basta nesse sentimento. Além do mais, você pode aprender a usar a sua felicidade da melhor forma, assim não vai se sentir culpado.


Para vencer este sentimento, devemos pautar nossa existência de forma positiva, sem comparar as realizações alheias, pois é nisto que resulta o fracasso. Deixar o medo das comparações pra trás e seguir em frente, elimina o sentimento de paralisação...de procrastinação e autossabotagem. Como já dizia Bert Hellinger: “A felicidade dá medo”.


A felicidade é vivida como perigosa, porque nos deixa só. O mesmo acontece com as soluções. O fundamental é acreditar que somos capazes de fazer o melhor que está ao nosso alcance. Igualmente vital, é aceitarmos as diferentes fases da vida e extrairmos delas os aprendizados possíveis. Feliz é aquele que se lança para a vida, sem medo de viver com intensidade as coisas em seus respectivos momentos, por que eles passam.


A felicidade não é algo que alcançamos, e sim conduzimos; não depende do contexto, mas de nossa determinação para superarmos as dificuldades e desfrutarmos a vida de mente e coração abertos. Para isto, é importante, também, desapegar-se das questões do passado, e nas sábias palavras do filósofo francês Jean-Paul Sartre: “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”.


É importante acreditar que merecemos ser felizes, e não ser tão duro consigo. Quando se diz ou pensa que não merece ser feliz, comete-se um “bullying” com o seu próprio eu. Não é admirável e nem humilde de sua parte ficar constantemente se colocando para baixo e mantendo a crença de que não merece uma promoção ou não merece ser feliz ao lado de alguém. Em vez de se autodepreciar, aprenda a se amar da mesma forma que você demostra paciência, cuidado, empatia e perdão com as outras pessoas. Pratique a autocompaixão. Pare de se recriminar por tudo.


Quando cometer um erro, em vez de se punir automaticamente, tenha uma conversa interior para compreender o motivo. Compreender as razões que o levaram ao erro naquele momento, pode ajudá-lo a não cometer o mesmo equívoco novamente. Pratique a autocompaixão acolhendo a si mesmo. Envolva-se em um abraço. Tome um banho morno. Faça uma massagem. Pare de achar que deve se punir e aceite-se como um amigo. Encontre a raiz do medo. Pense no que o levou a acreditar que se for feliz, algo de ruim vai acontecer. Ao analisar a origem desse medo, talvez você compreenda que, só porque sofreu uma vez, não significa que vai acontecer sempre que você se permitir sentir alegria.


Por fim, pratique a gratidão, e pense em todas as coisas pelas quais se sente grato quando está feliz. Reserve algum tempo para pensar, olhar ao redor e perceber as coisas que estão dando certo na sua vida – elas não precisam ser grandiosas. Crie uma corrente do bem. Faça uma gentileza para deixar alguém feliz. Essa atitude vai trazer um senso maior de felicidade e você não vai precisar se sentir culpado, já que está ajudando outra pessoa, e logo você terá e fará tantas coisas maravilhosas que, honestamente, não haverá espaço para o medo.


Pense nisto na próxima vez que o medo chegar até você.




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Beth Bretas
Feb 12, 2021

O medo!Esse sentimento que nos paralisa e que chegou lá na infância,por meio das historinhas infantis...também como forma de controle das mães: o homem do saco...os ciganos que roubam crianças...Hoje,lutamos para nos libertar desse medo,não é,Carmen?

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