OLHO E LÍNGUA
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A língua fala o que o olho vê.
Não é verdade, pode o olho ver,
E a língua não falar.
A língua falar e o olho não ver.
Vinha um navio em alto mar,
Abarrotado, gente entristecida,
A África ficou para trás.
O olho viu, a língua não pode falar.
- Que desgraça, que humilhação,
Essa gente não pediu esta situação.
A língua falou porque o olho não viu.
O olho viu as mãos de Castro Alves
Escrevendo o Navio Negreiro.
Multidão sem ninguém, o adeus derradeiro.
Revolta por um povo escravo no Brasil,
Sem força e poder, submetido à humilhação,
A língua falou o que o olho não viu.
O olho viu negro morrer no mar.
Paisagem de dor que não pode mudar.
A língua falou: - escravo é para trabalhar.
Hoje, o Brasil carrega a dura aflição,
Do preconceito, do racismo, da divisão.
O olho viu, a língua falou,
Princesa Isabel libertou.
Mas, ninguém FEZ nada não.
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“A língua falou o que ninguém viu” e foi por isso que a língua criou a história que quis.
Namastê!