OLHOS DE SIDARTA
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Vejo como nunca vi.
Sinto como jamais senti
Uma eternidade enorme
Dentro de mim.
Passeio toda profunda
Com meus olhos de Sidarta
Vagando por vastidão sem rumo
Sem muros
Onde a visão máxima
É absurda
Como tudo que existe
No centro do absurdo
Cheio de sementes germinando
Na escuridão do mundo.
Com meu corpo equilibrado
E Minh’ alma abandonada
Flutuo
Por trechos invariáveis
De cores azuladas
E vento amainado
Soprando leve
Por cima do bordado
De flores em campo
Em olhos eternizados...
Piso manso
No tapete gramado
Onde tudo é suave
Neste segredo selado
E as coisas do homem
Passam longe deste momento embalado
Partilhado
Pelo alheamento de sensações desconhecidas.
O sol brilha morno na ponta do asfalto.
O mundo se abandona no que se diz edificado.
Os sonhos não são sonhos
Nesta paz incontestável
Solta
E de expressão apaixonada
Toda eterna
Toda entregue
Ao mistério não revelado.
A serenidade se afoga
Num protesto não manifestado
Fixo
Em cerca de arame farpado
Esperando a chuva prometida
Fazer parte da paisagem
Onde sombra cai na armadilha
E vulto retorna intacto.
(In Cinderela das Noites Vazias / Beth Bretas)
NAMASTÊ!
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Minha poetisa preferida ♥️
Suave! Encantador, nobre e cheio de beleza! Que Deus abençoe sua bendita existência!
Que lindo poema, Bete. Amei. Vou ler mais vezes e fazer novo comentário. Parabéns...
Maravilha!!! Que poema profundo e cheio de verdade!!