QUEM ME VÊ?

Num mundo onde os olhos da sociedade frequentemente se desviam, ressaltando que aqui estou destacando a realidade da vida moderna, quando, muitas vezes, nos sentimos isolados e não vistos, o que torna a busca pela visibilidade e pelo reconhecimento ainda mais significativa e desafiadora, é natural nos questionarmos: “Mas quem realmente eu quero que me veja?”

Será que esta pergunta, na verdade, não está entrelaçada com a indagação divina, "Deus realmente me vê?" Creio que muitas vezes sim. Nossas realizações, nossos esforços, nossas alegrias e tristezas podem parecer despercebidas pelos outros, levando-nos a refletir sobre quem realmente se importa conosco. E isso nos leva a uma jornada de autodescoberta e reflexão profunda.

Na Bíblia, no livro de Provérbios 15:3, somos lembrados de que "Os olhos do Senhor estão em todo lugar, observando atentamente os maus e os bons." Esta passagem afirma a certeza inabalável na constante presença de Deus, onde Ele nos enxerga não apenas quando fazemos o certo, mas em todos os momentos de nossas vidas.

Entretanto, em meio à agitação da vida cotidiana, podemos nos sentir como figuras secundárias, obscurecidas pelo brilho intenso da contemporaneidade. E essa invisibilidade, muitas vezes, é uma máscara para dores profundas. A sociedade não é apenas indiferente às lutas silenciosas, mas também, frequentemente, ignora os sinais dessas dores, como no caso da Waleska, jogadora de vôlei, cuja história culminou em um trágico suicídio dias atrás. Suicídios acabam comigo. Tudo em que consigo pensar nessas horas é: O que ela sentia naquele exato momento? O que a levou ao limite? O que tornou sua existência insuportável? Por que estava sofrendo calada?

Por que lhe faltou fé?

Mas, este fato é um lembrete doloroso de como a falta de visibilidade e compreensão podem ter consequências devastadoras.

E, diante disso, a inquietude gerada pela indagação "quem eu realmente quero que me veja?" nos leva a um exame interno de nossos valores e prioridades. Às vezes, buscamos reconhecimento e validação daqueles cujas opiniões podem ser menos importantes do que imaginamos. E assim, enquanto perseguimos a atenção dos outros, muitas vezes, vamos nos revestindo de papéis e máscaras para atender às necessidades sociais. Essas máscaras podem obscurecer nossa verdadeira essência e nos afastar da nossa fé. Nesse processo, nos distanciamos não apenas dos outros, mas também de Deus. Com isso, corremos o risco de esquecer que é a Sua visão é a mais significativa e importante.

Por quê?

Porque ter fé pode mudar profundamente nossa perspectiva. Ela nos ensina que, independentemente de nossa visibilidade na sociedade, somos filhos e filhas amadas de Deus, criados à Sua imagem. Compreendemos que Deus nos vê não apenas como figuras na multidão, mas como pessoas únicas e intrinsecamente valiosas.

À medida que começamos a nos enxergar com os olhos da fé, nossa autoconfiança e autoestima se fortalecem. Essa transformação interior não apenas muda a maneira como nos vemos, mas também como os outros nos percebem. A fé nos capacita a ser autênticos, a amar e a servir aos outros, criando conexões mais profundas e significativas.

Portanto, enquanto continuamos a nos questionar, "Quem Me Vê?", reconheçamos a importância de quem verdadeiramente queremos que nos veja. À medida que buscamos a visibilidade aos olhos de Deus, nossa jornada de autodescoberta nos levará a um entendimento mais profundo de nosso propósito e significado. E assim, a resposta à pergunta "Deus me vê?" se torna uma convicção poderosa, que permeia nossa vida, transformando-nos em seres visíveis, não apenas aos olhos do mundo, mas principalmente aos olhos do Divino. E, ao despojarmos as máscaras sociais, encontramos nossa verdadeira essência e fortalecemos nossa fé, o que nos dará força para passarmos pelos momentos solitários e duvidosos da vida.

Você, assim como eu, crê nisso?

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