RECONHECE.TE
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“Algumas pessoas nascem para sentar à margem de um rio. Outras são atingidas por raios. Algumas têm ouvido para a música. Outras são artistas. Algumas nadam. Outros fabricam botões. Algumas conhecem Shakespeare. Outras são mães. E, algumas pessoas, dançam.”
F. Scott Fitzgerald
Reconhecer: palavra daquelas mágicas da língua portuguesa. Daquelas que possuem inúmeras conotações, que podem ser bem colocadas em várias situações. Pode significar, dentre outras, assentir ou concordar, como também, distinguir ou ressaltar.
Hoje, vamos falar sobre a coragem do reconhecimento de si mesmo. Distinguir-se dentre todos.
Existem cerca de 7,8 bilhões de habitantes no planeta, e você é a única pessoa com quem precisa conviver 24 horas por dia, 7 dias por semana, todos os dias da sua vida. Isso me traz uma reflexão sobre como essa convivência precisa ser saudável, e do que precisa para ser.
Ouvimos muita coisa sobre nós, e de alguma forma isso nos toca. Seja superficialmente, ou de forma mais profunda. Em algum grau as palavras, que podem ser de natureza positiva ou negativa, nos afetam, e terminam por influenciar nossas direções. E é surpreendente o poder que as palavras têm. Acredito que isso se deva ao fato de que existem pessoas por trás das palavras. Pois, ao que percebo, duas pessoas podem falar a mesma coisa, usando as mesmas palavras, e soar diferente para quem ouve. Assim como, duas pessoas podem ouvir as mesmas palavras de alguém, e interpretarem diferente.
Claro que existem explicações para isso, que, com toda certeza, os terapeutas e estudiosos da psique humana dominam e podem ajudar a elucidar. Aqui, partilho somente a minha percepção sobre o que observo e vivencio nessa existência.
Saber falar. Saber ouvir. Dois aprendizados gigantescos para nós, sobre os quais, arrisco dizer, que talvez nunca aprendamos de fato. Porque, penso que, antes de aprender a falar e ouvir o outro, seja necessário aprender a falar e ouvir a nós mesmos. E, você conhece algo mais desafiador que isso?
Essa voz constante em nós, que narra nossas experiências com riqueza de detalhes, e que muitas vezes, pode conter um requinte de crueldade maior que tudo que já nos disseram os outros - porque ninguém pode ser mais cruel conosco do que nós mesmos. E, quando essa voz grita em nós, acredito que seja sinal de que o reconhecer a si mesmo tornou-se urgente.
“Depois de algum tempo você...
...Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém… Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.”
Shakespeare
É. É isso mesmo que você pensou: envolve perdoar. E isso implica em reconhecer, reconhecer e reconhecer. O primeiro reconhecer se refere ao assentir, concordar que algo precisa ser consertado. O segundo, refere-se ao entender o terreno que habitamos, delimitar o espaço que nos cabe, em nós. E, o terceiro, refere-se a, a partir da perspectiva do próprio “eu”, validar o que há de mais precioso em nós, e destacar – aquele retorno positivo que toda autovalorização saudável traz.
Mas, eu sei bem que não se trata de um caminho fácil de trilhar. Não é simples como parece. E isso explica porque, na maioria das vezes, escolhemos não ouvir a nós mesmos. Aquele conforto indigesto, que insistimos em manter, só para não lidar.
Aqui, escrevo para mim e para você. Escrevo para ouvir a minha própria voz. É a minha forma de me distinguir dos demais, reconhecer o terreno qual habito, remover minha própria terra, e, talvez, tornar possível plantar algo que faça sentido para minha trajetória.
Escrevo para que minhas palavras, talvez, possam inspirar você a reconhecer-te, a tomar consciência de tudo que te distingue dos outros, sempre na torcida de que encontre valor nos pedaços mais bonitos que te compõem e, unindo-os com amor e respeito, consiga reverberar em si, alguém de quem possa se orgulhar e chamar de seu.
“Espero que você leve uma vida da qual se orgulhe, ou que tenha força para começar tudo de novo”.
F. Scott Fitzgerald
Com amor.
Até a próxima!
Não há nada melhor do que se sentir perdoado, livre de toda culpa! O perdão de Deus liberta da condenação. O perdão também é um ato de libertação para a pessoa que perdoa: libertação do peso do rancor.💋👏👏
Sim,existem pessoas por traz das palavras,bocas que falam coisas que nos ferem, pois validamos a fala do outro. Somos por demais inseguros frente a olhares alheios.
Que possamos recomeçar quantas vezes por preciso, para aprender-mos a nos reconhecer cada dia melhor.