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SOBRE OS NOSSOS "ONTENS"

Foto do escritor: CARLA KIRILOSCARLA KIRILOS
A inspiração que tive para o título deste texto não veio do livro escrito por Cristin Terrill, mas de um seriado chamado Chesapeake Shores.

Que descobri, por acaso, na Netflix, e que tem como temática, os membros de uma família que, após anos afastados, se reúnem para encarar as lembranças do passado.


O que mais gostei na série foi perceber que todas as famílias têm muitas coisas em comum, sejam boas ou não tão boas, e que saber lidar com elas fará toda a diferença na nossa trajetória de vida. Recomendo a série e todas as reflexões que ela nos provoca fazer.

Pensar no passado leva-nos a buscar um significado e melhor compreensão para a palavra ontem. A que encontrei e gostei foi: “Ontem é uma construção temporal do passado relativo; literalmente do dia anterior ao dia atual, ou figurativamente de períodos ou horários anteriores, muitas vezes, mas nem sempre, dentro da memória viva.”

Diante disso, o ponto que me inquieta sobre os “nossos ontens” é:


Por que temos uma tendência a ficar

presos no passado e permitir que situações adversas

permaneçam enraizadas em nossa memória e

determinem a nossa jornada?


Em uma entrevista, perguntaram a Albert Einstein o que ele fazia quando tinha uma nova ideia. Por exemplo, se anotava em um pedaço de papel ou em um caderno especial. O cientista respondeu com firmeza: “Quando tenho uma ideia nova, eu não a esqueço”. Nada é mais verdadeiro! Quando algo realmente nos emociona, é quase impossível esquecê-lo.

Assim, nos lembramos do que é realmente importante, do que é capaz de nos impressionar, porque ativa em nós as regiões necessárias e as conexões cerebrais que ajudarão a manter essa memória. O problema é que o que deve ser esquecido também é frequentemente armazenado com a mesma intensidade na nossa mente.


Nada fixa uma memória tão intensamente quanto o desejo de esquecê-la.


Ter lembranças faz muito bem, mas entendo que viver o presente presa ao passado é se limitar, porque, de alguma forma, é como se não aproveitássemos o dia-a-dia, e tudo que ele pode representar de renovação e novidades. Isto não significa que não temos que superar e tratar questões do nosso passado que ficaram mal resolvidas. Ao contrário. Inclusive, porque acredito que a vida não tem a ver apenas com o lembrar, mas principalmente com o agir.

Portanto, a questão central a ser discutida neste artigo é: como encaramos os nossos “ontens”? Como limitadores ou como impulsionadores?

Há “ontens” memoráveis! Alguns que queremos eternizar para sempre, mas normalmente não nos lembramos dos dias, nos lembramos dos momentos. E temos consciência que, mesmo se quiséssemos, não poderíamos produzir, de forma igual, os mesmos momentos repetidas vezes. Por isso, a riqueza da vida está nas memórias que continuamos a formar diariamente.

Entretanto, há também os “ontens” que nos feriram, deixaram marcas, só que não existe mais a possibilidade de mudá-los, por mais que quiséssemos fazê-lo. E, por esta razão, não podemos deixar que eles nos paralisem. Temos que encará-los, aprender com eles e avançar. Ser forte e corajosa para seguir em frente.

Então, o que escolher? Ser limitada ou impulsionada? Parar ou prosseguir?


Viver é agir!


Não sei onde a vida a colocou neste exato momento. Quais lutas com seus “ontens” você tem enfrentado, mas por favor entenda que localização, estações e circunstâncias podem e devem ser constantemente mudadas. Todos os nossos “ontens” já passaram. Ficaram para trás. Não podem e não devem ser prisões nem para o presente e nem para o futuro.

O que realmente importa em meio a todas as flutuações de percurso é quem você é. E quem é você? Pare e pense. O que você responderia? Sempre que me fazem esta pergunta recordo-me da minha identidade definida em uma passagem bíblica que está em Cânticos 4 verso 7 e que diz assim: “Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum.”

Pode parecer pretensioso, mas de verdade é bom ou não saber que Deus nos vê assim? Eu creio ser restaurador. E com base nisto, as marcas tristes deixadas pelos nossos “ontens”, realmente perdem muito significado e importância. São apenas capítulos da nossa história. Não são amarras.


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1 Comment

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Beth Bretas
Mar 15, 2022

Também acredito,Carla,que os nossos "ontens" não podem parar nosso tempo de fluir.

NAMASTÊ!

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