SOBRE O AMOR - PARTE 1
Aproveitando o Dia dos Namorados, vamos falar, brevemente, sobre o amor romântico ou erótico.
Talvez, não tenha tema mais falado, cantado, filmado, romanceado, discutido que o amor entre os amantes. E, cada um de nós, tem um conceito, uma forma de ver, sentir e viver esse amor. Um amor que pode ser vivido de várias formas: amor romântico, amor erótico, amor companheiro, amigo; amor de intimidade (física e emocional), amor que privilegia o humor e alegria, e até amor que fere e até mata.
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O amor romântico pode assim ser caracterizado como um sentimento multifacetado e central na experiência humana, podendo ser lugar de relações duradouras, de intimidade e compromisso, ou de relações para satisfazer desejos sexuais momentâneos.
NASCIMENTO DO AMOR
Nascemos com a dependência total de outro ser humano - sem o cuidado de um outro, morremos. A escolha amorosa visa recuperar a unidade que um dia houve entre mãe-bebê. Foi uma relação amorosa que possibilitou o pequeno ser se tornar humano, foi pela via do amor - sendo amado - que se aprendeu amar. E é esse amor que se busca pela vida afora, o objeto perdido na infância (mãe, pai, irmãos).
De modo geral, busca-se no amor romântico uma forma de completude e satisfação para se sentir inteiro; daí a busca constante da outra metade. Espera-se encontrar alguém que vá trazer na bagagem a felicidade, para entregar como presente; alguém para estar sempre ao lado. Um amor que proporcione novamente a salvação, que livre da solidão, do desamparo, da morte.
Mas, há um engano nesta busca. Pois, para se tornar um ser que sabe amar, é preciso separar-se do primeiro amor. Faz-se necessário poder olhar para si, para o outro, para o mundo de forma independente, sem a imaginária metade. A saúde mental está, exatamente, nesta separação e na certeza que agora se está só, não mais fusionado ao outro. Mas, livre para viver e fazer escolhas.
As relações amorosas não podem se dar entre dois seres que buscam se complementar, mas sim entre seres que são incompletos e vão ser sempre. O encontro com um outro ser faltoso vai duplicar a falta de cada um. E isso não é ruim, não é motivo de sofrimento, mas deve ser um empuxo para uma relação prazerosa, que motive uma vida de maior intensidade e criatividade.
O verdadeiro encontro acontece quando possibilita a novidade, quando traz o que desafia, que move, que muda. O outro como espelho não abre horizontes.
O amor deve trazer algo para além de nós mesmos, algo estranho que nos movimente. Um amor que nunca seja completo e nem nunca nos complete, uma vez que, o que mantém o amor vivo é o compartilhar com o outro nossa incompletude, nossa construção.
O convite é para amar apesar das diferenças, hoje se descarta muito facilmente aquilo que nos causa incômodo. Mas, não será nos incômodos, no diferente, no estranho que estará a beleza de um verdadeiro encontro?
Não se negue ao encontro com quem possa estar sempre rindo um do outro. Que sejam ambos capazes de causar surpresa, que desafia a lógica e ao mesmo tempo traz prazer pelo inesperado e surpreendente.
“O amor torna-se um demônio no momento que se torna um deus” (C.S.Lewis)
FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!
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Se amar acima de tudo também importa muito não é? Beijocas, Carla Kirilos
Viver e amar, nada simples! Sendo amado se aprende a amar. Isto é lindo, pois acabamos por dar amor na mesma medida que fomos ensinados a amar, no entanto quando a dose é ínfima ou exagerada, tende-se a entender o amor como um registro de posse. Que possamos viver com leveza, deixando espaços livres para sermos surpreendidos e aproveitando as brechas para surpreender e fazer brotar o melhor sorriso!
Amar e ser amado é um grande desafio, pois dificilmente conseguimos amar o outro sem querer moldá-lo e, muito menos, permitimos que o outro nos molde.
Namastê!