SOMBRA DE MÃE
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Quantas vezes te procuro! Não te vejo,
Na beira daquele poço batendo o anzol,
No caminho da roça debaixo do sol.
Quanto suor, e uma enxada na mão,
Cavando a terra para ganhar o pão.
- Mãe! Nunca te esquecer é meu desejo.
Quantas vezes te procuro! Não te vejo,
Naquele quintal, e as plantas molhando, o prazer dela!
- Mãe! Nunca te esqueço
Idosa, cansada, e ainda cantando.
Na porta da rua, no beco e na janela
Observando os passantes – era o prazer dela!
- Mãe! Nunca te esquecer é meu desejo.
Um dia partiu, corpo e alma, dois seres distintos.
O primeiro fez sua morada na cova.
O segundo subiu pro céu, vida nova.
Espírito desencarnado na forma de sombra,
Que paira nos ares, nos mares e não tomba,
De tão leve, ligeira, a voar pelo infinito.
Quanto tempo não te vejo! A morte,
Traiçoeira e pérfida, certeza que não se espera,
Tirou-lhe a vida. Rompeu nosso afeto nessa esfera,
Passagem dos vivos, descanso dos mortos.
Mãe! Hoje quero te abraçar, mas noto
Que vejo apenas tua sombra. Inexorável sorte.
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Somos a sombra das nossas mães.
Nossas filhas são as nossas sombras.
Dentro do Universo feminino, somos como mães, a primeira referência feminina para outra mulher.
Namastê!
Como eu também sinto saudades da minha mãe! Beijocas, Carla