TITO. ELE ERA MUITO MAIS QUE UM CACHORRO
Pode ser que você, querida leitora, não compartilhe, como eu, da alegria de ter convivido por quase quinze anos com um cachorrinho que era quase um “humaninho”.
Ou então, ao contrário, você sabe muito bem sobre quais sentimentos estou me referindo. Afinal, nossa relação com os animais próximos mudou muito ao longo dos séculos, e, cada vez mais, nossos “pets” tornam-se parte real da família, da vida e da mais profunda intimidade – e assim, sua ausência também se intensifica, bem como, a dor da perda.
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Confesso que não imaginava que seria tão doloroso me despedir do nosso amado Tito. Que mistura de dores eu senti!
O laço de afeto que nos unia era muito forte, por isso, perdê-lo foi uma experiência emocionalmente intensa. Daí, a necessidade que sinto de escrever sobre o tema.
Quando um animal de estimação morre, as nossas rotinas são alteradas, ficam momentos vazios por preencher na nossa vida diária (por exemplo, levantar cedo para lhes dar de comer, medicar, brincar, ir à rua passear, organizar as viagens e também planejar nossos custos). Estes serzinhos dão estrutura e sentido à nossa vida, diminuem os nossos sentimentos de ansiedade e solidão, e aumentam o nosso bem-estar. Por isso, para além da dor de os perdermos, também podemos nos sentir perdidos e sobrecarregados de emoções difíceis de gerir.
Frequentemente, a perda de um animal não é considerada como algo importante por quem está à nossa volta:
"Está assim por causa de um animal?”, “Arranja outro que isso passa”, “Era só um animal, não exagere!”. Esta reação por parte das outras pessoas pode adicionar mais sofrimento e fazer com que nos sintamos desajustados, emocionalmente fracos ou envergonhados.
Por vezes, tentamos suprimir as emoções ligadas ao luto, tentamos “esquecer”, e envolvemo-nos constantemente em tarefas para não pensar no assunto. Mas, ignorar a dor ou tentar “escondê-la” não nos ajuda, pelo menos, por um bom tempo. Para ultrapassarmos a morte de um bichinho querido é necessário recuperar rotinas positivas, ainda que, diferentes das anteriores. Aceitar que tem que passar pelo processo de luto e levar o seu próprio tempo para lidar com a perda.
O que sei, é que não é fácil.
Nosso Tito era único! Era o baby da casa. E ainda choro por ele, mesmo já se passando quinze dias de sua partida. Ele tinha um jeito muito especial de nos alegrar com tanto amor e lealdade, sempre foi brincalhão e comportou-se como um guerreiro em vários momentos difíceis que viveu. Foi amado por todos da nossa casa e teve o privilégio de brincar e ser companheiro, também, dos nossos netos. Era, para eles, o Titão.
Viveu plenamente, e cercado do mais sincero amor. Lutava pela vida e foi envelhecendo com dignidade até não aguentar mais e fechar os olhinhos como se fosse dar mais uma dormidinha. Sem dar trabalho ou susto. Era realmente um lord! ( assim minha mãe o chamava).
Nunca o esqueceremos. Aliás, como está escrito na Bíblia, no livro de Lamentações 3:21 “Quero trazer à memória aquilo que pode me dar esperança.” Ou seja, quero sempre cultivar as boas lembranças vividas em tantos anos de convivência e nunca menosprezar o fato de que, para nossa família, ele era e sempre será muito mais do que um cachorro. Obrigada por tudo, meu querido Titão.
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Carla,como entendo você!!Tivemos 3 inesquecíveis amigos que já nos deixaram e é isso,por um tempo,a casa fica vazia...Temos hoje o Nestor,também um Lord!!Ele é uma alma no corpo de cachorro.Temos um combinado:Se o Nestor falar,vai ficar só entre nós,porque não queremos ser loucos,aos olhos dos humanos.🙏😍
Namastê!
Eles chegam devagarinho e vão ❤️ conquistando cada um da casa. São muito fiéis e grandes companheiros. Sinto muito pela perda do Tito.