UM LUGAR CHAMADO CASA DE VÓ
O subtítulo do Livro dos Avós, de Lídia Aratangy e Leonardo Posternack, pergunta: na casa dos avós é sempre domingo?
Nos verões da minha infância, a casa dos meus avós era um lugar acolhedor, cheio de amor e carinho, onde as portas estavam sempre abertas para nós, os netos.
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Era também o lugar para: rever e brincar com os primos, correr no quintal, comer delícias, ver galinha ser morta (aliás, uma péssima lembrança que tenho registrada), deslizar pelo enorme corredor lustrado, admirar as portas e janelas altas e imponentes e esconder atrás das cortinas. A sensação era mesmo de um dia gostoso como é o domingo.
Lembrar do tempo passado na casa deles, é uma mistura de saudade e felicidade.
Foi lá que eu passei alguns dos momentos mais importantes da minha vida, momentos que procuro sempre lembrar com alegria e que, hoje, são boas histórias.
Minhas avós não eram de muitos beijos e chamegos, mas eram acolhedoras e carinhosas ao modo delas. A convivência com elas era boa e divertida. E eu sou grata por ter tido a oportunidade de conviver com elas. Meus avôs eram mais caladões, mas como não lembrar para sempre dos chocolates e dinheiro que eles gostavam de dar para a “netarada” reunida?
Hoje, entendo que ser avó é uma experiência única e especial. É um momento em que posso desfrutar da companhia dos meus netos, ver a vida de uma perspectiva diferente e, principalmente, transmitir todo o amor que tenho em meu coração. Como avó, tenho a oportunidade de retribuir o tanto que recebi em minha infância. Tenho a oportunidade de compartilhar e passar adiante minha experiência, os valores e ensinamentos aprendidos ao longo da vida.
E como aprendo com eles!
Neste mundo digital tão intenso em que estamos vivendo, eles já são quase professores. Tenho clareza que na minha época foi de um jeito e hoje é de outro e creio ser essa uma das grandezas da vida: a troca de amor, carinho, vivências e aprendizados.
Quero muito que o tempo que meus netos desfrutam da minha casa, a casa da avó deles, seja recheado de momentos felizes, alegres e cheios de amor. Claro que às vezes rola uma bronca também, mas como diz o meu neto do meio:- a vó briga mas logo esquece. Não poupo esforços para que eles saibam que sempre poderão contar comigo, que, enquanto eu puder, estarei aqui para apoiá-los, orientá-los, instigá-los, aconselhá-los e, principalmente, amá-los incondicionalmente. As memórias que estamos criando juntos são um tesouro que guardaremos para sempre em nossos corações. E nas próximas férias que virão, continuaremos a construir novas lembranças, fortalecendo os laços de amor e cumplicidade que unem avós e netos.
E quando pergunto a eles: - “Na casa da vó é sempre domingo?” a resposta que ouço faz meu coração transbordar. - “Domingo? Nada. Sua casa é sempre uma festa gostosa.” Que assim seja!
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👏👏👏👏👏👏
Uma experiência que não tive "casa de avó",porém me acalanta saber que os meus filhos passaram por essa experiencia da forma gostosa como ela deve ser.
Namastê!