VIVA UM CASAMENTO A TRÊS

Eu tenho duas razões bem especiais para achar fevereiro o mês mais incrível do ano.

A primeira é porque nasci neste mês, e a segunda porque é também o mês em que comemoro aniversário de casamento.

Sim, nasci e casei em 10 de fevereiro. E o intervalo de um evento para o outro são de exatos 20 anos. Então hoje, dia 10, enquanto você lê este artigo, estou celebrando duplamente. Comemoro, com alegria e o coração cheio de gratidão a Deus, os meus 63 anos de vida e as bodas de 43 anos de casada.

Do latim,

o termo boda

significa

“promessa”.

A alusão é certeira para celebrações de aniversários de casamento. De acordo com o costume popular, as bodas de casamento recebem nomes para contar o tempo de matrimônio. Ou seja, cada boda representa um ano específico da união. E, um detalhe chama a atenção: Desde o primeiro ano de casados, a importância do material/mineral, que vai do mais frágil ao mais resistente, dá nome à boda celebrada. Vale ressaltar que há nomenclaturas de bodas para até os 100 anos de casamento.

Boda de Azeviche.

Desde que completei 25 anos de casamento aprendi a valorizar o nome das bodas. E agora, quando fui pesquisar qual boda estou comemorando, descobri que é a de azeviche. Confesso que aprendi algo novo. Nem sabia que existia uma pedra preciosa com este nome. Você já ouviu falar dela? O azeviche é uma espécie de carvão bem duro e, se polido, consegue ser moldado para ser utilizado em diversas finalidades. É também conhecido como âmbar negro. É um material muito resistente, mas para chegar até a condição de jóia, passa por várias fases. A pedra azeviche, nas bodas, representa comprometimento.

Fazendo uma analogia entre a lapidação das pedras brutas e o casamento, percebe-se que, até virarem preciosidades, leva-se um grande tempo no processo. Nada é simples! Exige muito trabalho, paciência, dedicação, amor, mudanças, carinho, cuidado, investimento e vontade.

Viver mais de quatro décadas com uma pessoa mantendo o sentimento forte o bastante para continuar na caminhada da vida, juntos, não é fácil. Tive vários momentos de altos e baixos! Mas, desde o dia em que nosso casamento passou a ser três, ficou mais fácil passar pelas turbulências.

Casamento a três? Que isso?

Sim. Deus, meu marido e eu. Ao unir duas pessoas tão diferentes, Deus estava nos mostrando que pode haver unidade na diversidade. Apesar das diferenças, podemos amar um ao outro e nos esforçar para que o outro seja mais semelhante a Jesus Cristo. Compreendemos que a presença constante de Deus no nosso relacionamento nos une, guia e fortalece nas dificuldades.

Está na Bíblia: “Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.” (Eclesiastes 4.12)

Permitir que Deus seja o centro da minha vida conjugal, nos dá unidade de propósito com relação a esta aliança que eu e meu marido fizemos lá atrás. É exercício contínuo e muita oração. Eu acredito no casamento. Invisto nele. Mas nunca me enganei. Quantidade de anos juntos não é sinônimo de qualidade num relacionamento. Só conseguiremos bons resultados com investimentos e renúncias. Isso é para toda a vida. O processo, muitas vezes, é doloroso, dá trabalho, os braços cansam de remar, mas, no meu caso, como vale à pena!

Para ser feliz, é preciso ter satisfação a dois e encontrar diariamente motivos para manter a união. Faz parte viver experiências diferentes, arriscar, manter uma certa curiosidade e descobrir coisas novas. Celebro ter momentos felizes e uma relação matrimonial sólida! É uma vitória que posso comemorar a cada dia, pois cada dia é único! Na verdade, percebo como uma dádiva! E agradeço a Deus por poder viver uma união assim.

Aproveito e deixo um livro como dica: Casamento a três, uma aliança com Deus.

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